Guandu – O bom humor característico

O bom humor característico, regado a tiradas espirituosas. É assim que Fabricio Werdum, campeão peso-pesado do Ultimate, trata a questão da altitude, muito presente nos debates e entrevistas depois que ele finalizou Cain Velásquez, no UFC 188, na Cidade do México, em 2015, unificando os cinturões da categoria.

A altitude da capital mexicana teria influenciado no desempenho de Velásquez, que optou por chegar ao país com pouco tempo de antecedência – diferentemente do brasileiro – que realizou parte de sua preparação lá, com o intuito de se adaptar. No próximo dia 6 de fevereiro, no UFC 196, eles voltam a se enfrentar, desta vez, em Las Vegas, nos Estados Unidos, local que não sofre incidência dos males da altitude.

Em entrevista exclusiva ao Combate.com, o gaúcho brinca com o tema e garante que, após vencer novamente o americano, fechará a trilogia embaixo d’água.

– Falaram que era altitude, mas as pessoas não se deram conta de que ela era para nós dois.  Tivemos a ideia de ir para o México com 45 dias de antecedência. Foi estratégia nossa, cada equipe faz a sua. Supondo que ele seja mexicano, ele deveria saber da altitude. Vou mostrar que a altitude não teve nada a ver. Eu tenho uma entrevista do Javier Mendez, técnico do Velásquez, falando que o atleta dele estava na melhor forma física. Estou pensando no que vou falar depois da luta. Venci na altitude, vou vencer ao nível do mar e, depois dessa, a luta será embaixo d’água, na piscina. De repente, pode ser que o Velásquez encontre alguma desculpa.

Confira abaixo a entrevista completa: 

Como está a preparação para defender o cinturão pela primeira vez?

Os treinos continuam os mesmos, com o Rafael Cordeiro, na Kings MMA, com muita manopla, grade, wrestling e muay thai. Terças e quintas, trabalho o jiu-jítsu com o (Rubens Charles) Cobrinha. Fazemos treinos específicos de guarda, muita repetição. A única coisa diferente do meu camp que fiz no México, quando enfrentei o Velásquez, é que contratei o Nick Curson, preparador físico do Rafael dos Anjos, para me ajudar. O restante da equipe é a mesma, com Rafael Cordeiro, (Renato) Babalu, meu irmão (Felipe Werdum) e o Wanderlei, que sempre me ajuda.

Qual é a importância do Wanderlei Silva no seu treinamento?

Ele me ajudou muito nesse processo até eu me tornar campeão, é uma peça importante na minha carreira. Ele sempre me liga, diz o que tenho que fazer, no que devo me concentrar, me estimula a ser o CDF de sempre. O Wanderlei passa a experiência que teve, sempre motivando, falando as coisas certas. Quando ele ajuda nos treinos, ele bota pilha, mostra o lado lutador e, se tiver que colocar a luva, sai me pegando no soco (risos). Ele me manda vídeos motivacionais, eu o escuto muito.

A altitude foi um ponto muito discutido na época da luta. O quanto será diferente atuar em um lugar onde não se sente os efeitos da altitude?

Venci na altitude, vou vencer ao nível do mar e, depois dessa, a luta será embaixo d’água, na piscina. De repente, pode ser que o Velásquez encontre alguma desculpa
Fabricio Werdum

Falaram que era altitude, mas as pessoas não se deram conta de que ela era para nós dois.  Tivemos a ideia de ir para o México com 45 dias de antecedência. Foi estratégia nossa, cada equipe faz a sua. Supondo que ele seja mexicano, ele deveria saber da altitude. Vou mostrar que a altitude não teve nada a ver. Eu tenho uma entrevista do Javier Mendez, técnico do Velásquez, falando que o atleta dele estava na melhor forma física. Estou pensando no que vou falar depois da luta. Venci na altitude, vou vencer ao nível do mar e, depois dessa, a luta será embaixo d’água, na piscina. De repente, pode ser que o Velásquez encontre alguma desculpa.

O que planeja para a sua entrada na arena?

Tenho uma homenagem que vou fazer que o Brasil inteiro vai gostar, todo mundo vai ficar muito feliz. Será emocionante! A música e o nome da pessoa que vou homenagear vai emocionar o país, as 200 milhões de pessoas.

Embora seja surpresa, dá para adiantar algum detalhe?

Aí você quer demais (risos). A ideia eu tive anos atrás, mas nunca fiz. Agora, vai rolar. Vai ser irado.